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Maggi defende PEC dos gastos públicos: “não posso gastar mais do que arrecado”

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Fonte /Olhar Direto Maggi

No mesmo dia em que foram marcados protestos em Cuiabá contra o projeto de emenda constitucional que limita os gastos públicos por 20 anos no Brasil, o ministro da agricultura, Blairo Maggi (PP), defendeu a aprovação da PEC 55 no Senado, em entrevista À imprensa nesta sexta-feira (11).

Segundo Maggi, a proposta é uma maneira de equilibrar as contas do país e evitar que o governo gaste mais do que arrecada. A declaração foi feita durante encontro estadual do Partido Progressista que ocorreu por volta das 11h na Capital. O projeto de emenda, quando ainda era chamado de PEC 241, foi aprovado em segunda votação na Câmara. No Senado, a proposta já foi aprovada na Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) da casa, mais ainda não foi ao plenário.


“Sou totalmente favorável e acho que qualquer um que olhar com tranqüilidade não deveria ficar contra. Porque se fizermos uma previsão para 2030, o Brasil estará totalmente quebrado, por mais que volte a crescer. O que a PEC faz é dar um comando constitucional a sociedade brasileira: ‘não posso gastar mais do que eu arrecado’”, afirmou o ministro.  

Por conta da “PEC do fim do mundo”, como tem sido chamada pelos opositores da medida, entidades sindicais organizam uma paralisação nesta sexta. A Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) afirmam que a proposta vai tornar ainda mais precário os serviços públicos no país.

Para Blairo, no entanto, a situação fiscal e econômica é que está muito mais próxima do “fim do mundo”. As condições, de acordo com ele, vão requerer medidas drásticas de austeridade e de controle dos gastos. A ideia é voltar a atrair a atenção do mercado e de investidores internacionais.

“A medida que você gasta mais do que arrecada, você precisa pegar dinheiro emprestado e esse dinheiro é juros e isso vai aumentando a dívida pública. Então tem que estancar e vai estancar lá na frente. Daqui a 16 ou a 20 anos a gente vai chegar numa posição melhor do que temos hoje”, disse.

Duas décadas de austeridade

O prazo de congelamento dos gastos é o que mais assusta os críticos da medida. Segundo levantamento feito pelo portal Agência Pública, nenhum outro país do mundo limitou os gastos por tanto tempo. Por conta disso, o ministro acredita que os investimentos vão voltar a ocorrer muito antes, depois que o mercado financeiro encontrar condições positivas na economia nacional.

“Não precisa ficar assustados. O mercado não vai esperar 16 anos para o Brasil melhorar. Quando o mercado ver que o país já estará em condições boas, os credores começam a antecipar crédito e a gente começa a fazer com que a economia melhorr. O objetivo é arrumar no macro para que no micro as pessoas consigam se beneficiar”, explicou.  

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