O presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Valdecir Colle, o “Chiquinho do Posto” (PSD), criticou a gestão terceirizada da saúde nos hospitais regionais e afirmou que as Organizações Sociais de Saúde (OSS) não deram certo em Mato Grosso.
O rompimento do contrato com o Instituto Pernambucano de Assistência e Saúde (Ipas) para a gestão de três hospitais no Estado seria uma das evidências disso.
“As OSS não deram certo. A gestão da saúde tem que ficar nas mãos do poder público, e os funcionários públicos têm que ter maior qualificação, remuneração e valorização da categoria”, opinou o prefeito.
Na avaliação do prefeito, os contratos com essas entidades não tiveram sucesso porque elas vieram de outros Estados, com realidades distintas das de Mato Grosso, e não conseguiram se adaptar às especificidades locais.
“As OSS encontraram em Mato Grosso uma saúde diferente das que esses gestores estavam acostumados a lidar. Aqui as distâncias são maiores e grande parte do atendimento se concentra na Capital e cidades-pólo”, observou.
“Com a saúde nas mãos do Governo, será preciso investir primeiro na saúde preventiva, para depois qualificar a alta e média complexidade. E tudo isso a um custo menor do que as OSS, e com mais qualidade”, afirmou.
Atrasos nos repasses
O prefeito reclamou, ainda, do atraso nos repasses da saúde, tanto os voluntários como os do Programa de Apoio ao Desenvolvimento e Implementação dos Consórcios Intermunicipais de Saúde (Paici). No total, o Estado deve R$ 7 milhões a diversos municípios.
“Se atrasa o dinheiro da atenção básica, compromete a aquisição de remédios e o pagamento da equipe: médicos, enfermeiros, funcionários. Isso reflete diretamente na população, pois pode levar ao mau atendimento”, disse Chiquinho.
Fonte: Mídia News
